FÁBULAS DO SÉCULO XXl: A REVOLUÇÃO DO AMOR MÉDIO

Em uma bela noite estrelada de verão, no interior da máquina do tempo, o amor passava mais uma vez por uma rua  densa, escura e estrelada, a qual ele caminha sempre desde  antes que seus principais aliado, Vênus e Eros, fossem contratados pela sua grande empresa sentimental que nutre de alimentos psicodélicos cada grande aventura cheia de taquicardias apaixonadas. Por isso o mais nobre de todos os sentimentos achou por bem demitir a mais bela de todas as deusa da paixão e seu filho arqueiro, o destro Cupido, que é Eros, o mais traiçoeiro dos deusrs da Mitologia. E por que o amor fez isso? ele o fez porque estava já exausto de perceber que quase todos os seus investimentos nos grandes amores e na paixão se transformavam quase sempre em histórias que acabavam cheias de ressentimentos, cheias de tristezas, e na grande maioria das vezes, repletas de somatisações e corpos feridos pelo desejo de vingança. E para resolver esse novo problema de crise existencial, o amor achou por bem demitir Vênus e Eros e contratar dois novos apóstolos dos sentimentos. Os novos secretários escolhidos pelo amor foram uma deusa desconhecida chamada Fleuma, que mau sabia o que era a paixão, e filhos Ídion, que ao contrário do Cupido, tinha uma flecha banhada de Canabis, a qual era capaz de desacelerar as batidas do coração bem no exato momento em que o amor é despertado dentro dos corações.

Indagado pelos deuses mais experientes do panteão a respeito do porquê desse novo estratagema, o amor justificou da seguinte maneira: oh grandes deuses de todos os olimpos da terra! eu estava muito decepcionado e andava muitíssimo frustrado todos os dias por causa dos resultados dos  investimentos que eu fazia nos grandes amores inspirado na mais nobre literatura e nas mais belas histórias do cinema, pois são histórias de grandes paixões, que na sua grande maioria dão certo nos livros e nas telas da tv, mas que não se confirmam na vida real. Por isso comvoquei esses deuses mais discretos, cujo a mãe é bem mais discrets e menos exuberante, e cujo o filho tem uma flecha que tem o nobre poder de desacelerar as batidas do coração das pessoas que amam. E curiosamente, depois que eu fiz isso, quase todos os romances passaram a durar para quase sempre. Razão pela qual todos os deuses se reuniram em todos os olimpos do universo para chegar a um mais novo conceito sobre o mais nobre de todos os sentimentos, o amor. Dessa hora em diante, eles impuseram  um decreto definitiva a respeito dos sentimentos humanos, e tal decreto dizia assim: a partir de agora, todas as paixões deverão ser retiradas de todos os amores, e nunca mais eles terão o direito de se transformar em grandes sentimentos. Pois os deuses concluíram que os sentimentos amorosos que permaneceram grandes demais jamais se desfazem da paixão por permanecerem sempre o irrealizável e incomensurável grande amor, mas os sentimentos que se equilibraram sobre si mesmo, e que viveram felizes para quase sempre, geralmente deixam de ser grandes amores e passam a ser amores medianos. Desta maneira, a partir desse instante da máquina do tempo, o amor se associou definitivamente à sua maior aliada, a paciência. Por isso viva o grande amor? não, por isso salve o amor médio, pois é ele que traz o equilíbrio e faz com que todos os amores bem sucedidos permaneçam até que as sombras da morte os separe.

Eldon de Azevedo Rosamasson

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